quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

MULTIFACES


Não deixar de falar, expor, se mediar
Conseguir ser ímpeto, sem temor
Conquistar vitórias, sem dor
Descobrir o novo, sem críticas
Fazer da diferença, a saída para o que pode ser igual
Achar que quase tudo é normal.

Observar o canto, a arte, sem insensibilidade
Curtindo o que o abstrato diz
Para de ensinamentos, inventos, volta a ser aprendiz
E no final, me diz
A porcentagem do teu valor, pois já não sou a tua bússola
Cansei de ser a intrusa de um corpo sem essência, que apela sem decência que preencham o que a genética lhe esvaziou.

Começa pelo menor e tenta enxergar o maior, quando teus passos forem firmes
Quando não houver mais o calibre de tanta sabedoria
Concretiza o que de maior te sustenta para que volte a prender a fenda
Que um dia você soltou.

E sem mais conselhos, falo erguendo os joelhos que por um instante me apoiou
Para que pudesse te olhar de frente, e agradecer verbalmente
Pelo desprezo que hoje te dou
Resultado da dor – sensível àqueles destinados, carma para os desacreditados

Pena que tenha aprendido pela estrada mais sólida
A verdade que estava atrás da porta e você deixou escapar
Só espero que cuide de tratar com cuidado
Ah, busque no armário, o que você precisa
Para cicatrizar as feridas que você desprezou

E que se abria a cada deslize, naquela crise que hoje nos derrubou
Mas de uma coisa tenho certeza,
Saio com delicadeza e sem ressentimento
Não deixando o meu momento dissipar, vou viver e respirar
A brisa que me convida, para ser feliz e digna de libertar.

LUCERNA



Sou um estado de plenitude, melhor dizer me sinto num estado de plenitude. Dessa forma fica menos onipotente, já que é necessário ter cautela no falar, no pensar. Bom, mas assim me defino hoje, plena de alma amena, não me importo em fazer parte do mundo, mas não de um mundo todo, nem tudo é completo e absoluto. Bela teoria. Posto em prática no hoje, no agora, sem meias palavras, assim me encontro ou me perco, mas ainda sim, revigorada. Sem reservas. Feliz. Jamais imaginei esse céu aberto, sem nuvens e com cores radiantes, o bom da vida é que ela nos surpreende a cada segundo. Mas e se soubéssemos de tudo? Quem não queria? EU. Sinceramente porque não haveria graça nos nascimentos, acontecimentos ou até nas eventualidades, que nos permite voltar ao papel de espectadores, mas digo aos sábios, não aqueles que aguardam sem esforços respostas prontas, volto minha atenção àqueles que conseguem responder de forma abstrata tudo aquilo que o faz perceber que não são seres inanimados, nem ímpios, mas sim, persona, de uma ficção real, sem máscaras nem personagens externamente caracterizados.

Sombras do BLOG!!!!!!